adj. 2 gén., que cola ou adere sem necessidade de ser humedecido

segunda-feira, novembro 29, 2004

Liberdade às Cenouras!

Parece que agora a nova moda nos restaurantes chineses é colocar nas travessas umas flores esculpidas em cenoura crua. Não me perguntem como é que eles fazem aquilo, mas parece-me relativamente complicado, algo que necessita de alguma prática. Talvez por isso tenho sempre a sensação que cada uma daquelas florzinhas já passou por dezenas de travessas antes de vir parar àquela que me acabaram de servir. Prova: elas vêm sempre molhadas, imagino um alguidar cheio de água na cozinha onde eles colocam as flores depois de já usadas. Tem dupla função: conserva e pelo menos "passaram por água" (coisa que não acontece, por exemplo com a comida, mas isso já é outra história)

Por causa disto tenho feito o seguinte: corto propositadamente uma pétala à flor só para garantir que pelo menos aquela vai finalmente para o caixote do lixo.

Lanço aqui o repto aos inúmeros leitores deste famoso blog para fazerem o mesmo! ;p



Só para poderem reconhecer as cenouras oprimidas deixo aqui uma foto. Olhem para a direita!

sábado, novembro 27, 2004

Dica (da semana)

A experiência deu-me a perceber que os indivíduos do sexo masculino têm um certo problema em perceber dicas.

Frases do género "Gostava de ir ali à esquina..." não lhes sugerem mais do que isso mesmo, que quem a disse gostaria de ir até à esquina e nunca, jamais, em tempo algum, lhes insinua que o que quem a disse gostaria é que quem a ouviu fosse com ela à esquina. Quem profere uma frase destas pretende claramente dar a dica de que quer ser levada. Como é que é possível não perceber isto nem à primeira, nem à segunda, nem, muitas vezes, à terceira?

Vou ver como me saio com frases um bocadito mais directas, do género "Leva-me até à esquina! JÁ!".

quinta-feira, novembro 25, 2004

Nota de rodapé

Na sequência do post anterior, oferece-me apenas informar o(s) leitor(es) mais distraído(s) que os nomes a que a orangina se refere são:

- "o que faz de criada no herman" - Manuel Marques, o irmão da Ana Marques, mítica apresentadora do Buéréré, antes da Ana Malhoa.

- "o que apresenta (ou apresentava, não sei bem) o Levanta-te e Ri" - apresenta e chama-se Marco "Neck-less" Horácio. (Neck-less no sentido de despescoçado e não de colar).

Realmente é de salientar o esforço da referida estação de televisão para publicitar tal programa. Só uma pessoa é que me falou dele, na manhã seguinte... E, tal como aconteceu no post anterior, apanhou o programa por acaso...

Novo programa!

Surgiu um novo programa no panorama da comédia portuguesa.

Não é do género Malucos do Riso e, sendo alguma coisa coisa de jeito, começou já largos minutos depois da meia noite. Como é que o apanhei? Pois, estava a apanhar a roupa do estendal (e a dobrá-la muito bem dodradinha) quando liguei a televisão e pus num canal qualquer. Foi a sic. E foi mesmo quando ele começou, primeiro "episódio" e tudo. Assim sendo, tal como eu, só pelo mais puro acaso, a maior parte das pessoas alguma vez apanhará este programa. O que até é uma pena.

Para que fique registado, chama-se Manobras de Diversão e é com 3 gajos conhecidos - o que faz de criada no herman, o que apresenta (ou apresentava, não sei bem) o Levanta-te e Ri e um dos que costumava participar, o alto e magrinho, acho que se chama Bruno Nogueira (como vêem, não sou lá muito boa com nomes).

domingo, novembro 21, 2004

Trabalho para Casa

De tempos em tempos chegam-nos algumas notícias "cor-de-rosa" do fascinante mundo da pornografia. Falo dos casamentos de algumas das mais famosas estrelas da indústria do sexo.

Já o facto de alguém no seu perfeito juízo querer contraír matrimónio com senhoras que, apesar de serem, na sua arte, como o Ronaldinho Gaúcho a fazer vírgulas, não deixam de passar os dias no fornicanço com outros homens.

Como é que será a lua-de-mel de uma Jenna Jameson? Será que ela passa a noite de núpcias a trabalhar, ou passam os dois o serão a jogar ao pictionary?

E no dia-a-dia - quantas vezes não ouvimos que "não se deve levar o trabalho para casa" - o que é que fazem no aconchego do leito conjugal?

Sempre ouvi dizer - e isto sem qualquer tipo de ordinarice - "em casa de ferreiro espeto de pau", ou adaptando ao tema "em casa de estrela porno enxaquecas todas as noites".

terça-feira, novembro 16, 2004

E ainda as iluminações...

Foi hoje, finalmente e conforme abundantemente anunciada, a estreia das iluminações natalícias na baixa lisboeta. Se vier a calhar, reparem nas da praça D. Pedro IV (vulgo, rossio), aliás garanto que vai ser impossível não reparar nelas.

Quem for um bocado mais distraído (como eu) vai pensar que entrou numa qualquer inauguração de um qualquer estádio, em que o público, para mais tarde recordar, tira uma fotografia, estupidamente (explico o porquê disto já no parágrafo seguinte), com respectiva flashada. São flashes às dúzias, intercalados, espalhados por toda a bancada do hipotético estádio. Parece bonito, mas dura apenas alguns minutos, quando muito uma hora. Agora imaginem isto todos dias desde o crepúsculo até cerca da meia noite, localizado inteiramente nas fachadas dos prédios que rodeiam a dita praça, tendo em conta que o espaço em questão é um bocado mais pequeno e que as luzes são mais fortes que as de um flash normal. Para um epilético, imagino eu que seja um ataque garantido.

Regressando agora à questão do uso de flash nas fotografias que as pessoas tiram com as suas máquinas fotográficas nesses grandes espaços, tenho apenas uma questão a colocar: para quê? Acho que qualquer pessoa sabe (acho que isto é senso comum) que uma luz não ilumina a grandes distâncias, que nem uma lâmpada de 100 watts iluminaria a 15 metros de distância. O que é que as leva a pensar que uma lâmpada de máquina fotográfica ilumina a mais que 5 metros? Por isso é que depois se vêm aquelas belas fotografias todas pretas, com umas quantas manchas brancas em baixo (as cabeças das pessoas que estão sentadas imediatamente à frente). Fica então a informação de que o flash numa máquina das mais comuns tem um alcance que varia entre os 2 e os 3 ou 4 metros, dependendo do grau de iluminação já existente no espaço em questão.

Misteriosa Obsessão - The Forgotten

Fui ver o filme Misteriosa Obsessão nesta sexta. Não o fui ver de propósito, mas pareceu-me o melhorzinho que havia no Vasco. Pareceu-me a mim claro, ele queria ir ver o Alien vs Predator. Estivemos a tentar decidir qual dos filmes ver na espera da fila. Eramos os próximos e eu: "Ok, vamos lá ver o Alien..." resignada, mas sem grande vontade, e ele: "Ai é?" surpreendido, como quem já estivesse interiormente conformado em ir ver a Obsessão. E eu: "Não é?...". Chega ao guichet e diz: "2 bilhetes com cartão jovem para as 21 para..." e faz-me sinal para eu dizer! É claro que escolhi aquele que queria ver!
Sim, eu sei que adoro ficção científica, mas... juntar num só filme a milionésima sequela de cada uma das personagens é demais para mim. Não vi o filme, e posso estar errada, mas aposto que no fim o Alien e o Predator se matam um ao outro e os humanos é que sobrevivem.

Ok, a Misteriosa Obsessão também não parecia ser nada de jeito, nem digo que seja um GRANDE filme. Mas tem vários aspectos que me fizeram sair da sala com uma apreciação bastante positiva dele. Para já, fui sem grande ideia do enredo, só tinha visto o trailer. Sabia que era a história de uma mulher cujo filho tinha morrido mas afinal o filho nunca tinha existido. Pensei que fosse o típico thriller psicológico em que se tenta perceber se o culpado é o marido, o psiquiatra ou ela própria, algo do género A Verdade Escondida. Por um lado o argumento é esse, por outro não. Vai para além disso. O que eu gostei no filme foi o de não perceber nem o tipo de filme que era, nem o seu desfecho nos primeiros 10 minutos com acontece com quase todos. Tem alguns momentos inesperados a ponto de darmos saltos na cadeira (sim, saltos). É claro que não é isento de pequenas falhas se nos quisermos fixar nos pormenores, mas se formos por aí podemos sempre arranjar possíveis "desculpas" de porque é que a personagem x não desconfiou de como o outro sabia quem ela era.

Em suma, gostei do filme e aconselho para quem gosta de argumentos pouco previsíveis.

PS (Escrito depois de ler o post anterior) - Realmente o Alien vs Predator não é NADA comercial!

Cinema... no geral e no específico! :P


Nada como irmos ao cinema cheios de "ânimo" ver o que filme que "queremos" e encontrar uma agradável surpresa... o filme consegue ser ainda pior do que inicialmente parecia! :P

Um filme que me parecia ser uma lamecha romântica, afinal era uma treta duma pseudo-teoria da conspiração... Claro que teve pormenores muito bons, mas parece que um filme tem mais do que umas boas e fugazes cenas. Digo eu... Assim de repente o argumento convém que esteja à altura, acho... Bom não me quero alongar muito... "Noblesse Obligé" (and time constraints)!
Isto de misturar línguas para parecer muito culto e enriquecido culturalmente é um espectáculo! :P (Isso é para outro post... :P)
Os filmes têm de ter boas cenas, tendo (Matrix) ou não (Star Wars - antigos!) recurso a grandes desenvolvimentos tecnólogicos, e/ou um grande argumento (A Vida é Bela; Sexto Sentido; Fight Club; eXistenZ; Trainspotting; Pulp Fiction; etc..).
Juntar as duas coisas é complicado mas o Shrek, o Lord of the Rings e outros do género são geniais e ficam na memória por causa disso. Não são fenómenos, nem duma nem doutra coisa, mas ficam pela junção de ambas. No caso do Lord of the Rings, os efeitos especiais servem para realçar o argumento e tornar todo o filme muito mais apelativo. E mesmo no Shrek, sem os bons efeitos, o argumento por si só não teria nem 10% do efeito pretendido...

Bom, resumindo, ir ao cinema para ver filmes com uma ou duas boas cenas é um desperdício, ou ver um filme que tem um argumento medíocre, se calhar nem vale a pena ir, porque há "home cinema" para ver essas coisas... :P

No entanto, e apesar de tudo, há sempre boas surpresas.. muito boas surpresas.. Agora lembro-me muito bem de duas, Big Fish e Jeux D'Enfants. Uma pessoa vai receosa e encontra dos melhores motivos para ir ao cinema, e apostar nele, que poderão existir! O primeiro filme foi-me algo penoso porque me lembra, e muito, uma pessoa que possivelmente é das que me é mais querida. O segundo porque me faz ver outra perspectiva do Amor - que acho que não conseguia acompanhar. Ambos os filmes são LINDOS! E ambos foram enfrentados, incialmente, com desdém...
(Lembrei-me agora, depois de tudo escrito, do filme do homem do tractor, novamente... LINDO! E gostei, apesar de tudo, do musical da Bjork.. :P)

Resumindo e concluindo, ir ao cinema "comercial" cada vez mais me aborrece, mas o "alternativo" é complicado de se achar e de lá chegar... Apostar no "escuro" (comercial) e sairem pérolas é uma raridade, apostar no alternativo e sairem pérolas é uma normalidade.
Agora que penso melhor nisso reparo que os filmes alternativos vivem muito do argumento e os comerciais da imagem. E isso levava-me a entrar numa profunda análise do povo português.. o que é outro post... :P

P.S. - Fui acrescentando, amiúde, filmes que me ia lembrando de serem muito bons e é engraçado que a grande maioria foi pelo argumento... Mais haveriam, certamente, mas a minha cabeça não está para mais...

Última conclusão, a sério que acaba por aqui (! :P), em jeito de resolução... Saldanha, here i go (at least more often)! :P

Ai, ai... Coitadinhos dos homens

Continuam na mesma, por mais isto esteja evoluído ainda precisam de gestos que demonstrem a sua virilidade.
Homem que é homem põe batom do cieiro e está-se a cagar para o que os outros pensam. Homem que é homem está seguro da sua masculinidade, e por simplesmente pôr a razão (lábios gretados) à frente dos preconceitos (pôr cieiro sinónimo de roto) não deixa de ser menos viril, demonstra unicamente maior inteligência.

Olha, sigam o exemplo das mulheres que passaram a vestir calças porque são mais confortáveis e nem por isso acharam que isso punha em causa a sua feminilidade. Isto porquê? Porque estão bem seguras do que são, e não precisam de gestos que o demonstrem.

PS - Sabem que existe baton para o cieiro próprio para homens, não sabem? De certeza que foi algo inventado por uma mulher. Imaginando: "Os homens têm os lábios gretados, precisam de baton para o cieiro, mas são tão inseguros que é preciso fazer uma linha específica para eles. Muda-se a cor da embalagem para azul escuro e já está!"

segunda-feira, novembro 15, 2004

Direito ao contraditório

Na sequência do post anterior, permitam-me que descorde.

Não deixa de ser um baton ainda que seja para o cieiro. É como um homem usar massajadores faciais porque são estimuladores tonificantes, usar saltos altos porque fazem bem à coluna ou esticar as pestanas para proteger do sol. Não deixa de ser roto. Os motivos não desculpam as acções. Macho que é macho não usa baton, seja para que fim fôr!

Esclarecimento labial

Uma conversa que tive recentemente (muito recentemente) levou-me a escrever o seguinte esclarecimento: um gajo pôr baton para o cieiro não é roto, porque o baton para o ceiro, como o nome indica, serve simplesmente para os lábios não andarem gretados. Agora, se o baton em causa for cor de rosa e cheirar a cereja é que já é de desconfiar...

domingo, novembro 14, 2004

Vai ser engraçado...

... se conseguirmos mesmo manter este blog, voltar a esta primeira página e verificar a quantidade (que nos parecerá enorme) de posts que escrevemos em tão pouco tempo.

É o que se chama entusiasmo inicial.


Multinacional


Por cá é conhecido como "O Fantástico" Professor Karamba.
Mais um caso de uma multinacional de sucesso.

sábado, novembro 13, 2004

Associações natalícias

Falando de decorações natalícias, e da possibilidade do meu cão ficar "suspenso" nos arcos das iluminações da Rua Augusta lembrei-me da decoração do Centro Comercial Vasco da Gama: árvores de Natal decoradas com figuras de crianças em tamanho real?!

Ideias iluminadas

Eu gosto de decorações de Natal, a sério que sim.
Gosto de ver as ruas todas iluminadas e de sentir o espírito natalício no ar, por mais consumista que este se tenha tornado. Até costumo ficar indignada com o facto de só ligarem as luzes em Dezembro e de as desligarem antes da meia-noite. Nem quero saber se aquilo gasta muita electricidade ou não, assim pelo menos os impostos que pago servem para algo que me agrada. Sempre é melhor que a ideia despropositada do actual Primeiro Ministro quando esteve na Câmara de Lisboa: espalhar colunas de som pelas ruas da baixa para dar música aos transeuntes. Felizmente desistiram da ideia pouco tempo depois.

Mas voltando ao assunto inicial, as iluminações natalícias.
As iluminações servem para decorar, normalmente são suportadas por cabos e colocadas por cima das ruas, em árvores, postes, fachadas de prédios, etc. O que é que estes locais têm em comum?
SÃO ELEVADOS!! Não impedem a passagem e a deslocação de pessoas e automóveis! Ora alguém me explica qual foi a ideia de colocarem diversos conjuntos de arcos ogivais ao longo de toda a Rua Augusta? Cada conjunto é constituido por 4 ogivas de inspiração gótica, que ao nível do chão devem ter cerca de metro, metro e meio de largura. Tentem passar num cruzamento com um carrinho de castanhas no centro, os arcos ao redor e a habitual agitação de pessoas: aconselho protecções semelhantes às dos jogadores de futebol americano.

Além de dificultarem a passagem não me parece muito boa ideia colocarem fios e luzes ao nível do chão. Qualquer pessoa (crianças incluidas) pode lá mexer.

Pelo sim pelo não, não tenho deixado o meu cão alçar a perna para lá.

Outra vez os rodapés...

Isto pode começar a parecer uma perseguição ou a tornar-se repetitivo, mas (ainda) não consigo evitar. Os rodapés dos noticiários são filões inesgotáveis de exemplos de como (não) vão a inteligência e o profissionalismo de pessoas que deviam ter cuidados redobrados já que são "opinion makers" e uma das únicas (e uma relativamente importante) fontes de conhecimento da sociedade.

O Chiado foi palco de uma iniciativa que visou recrear a vida da sociedade por volta dos anos 1900, 1900 e pouco. Como é que a notícia nos é apresentada? Qualquer coisa como: "Chiado retrata o dia-a-dia da sociedade no início do século XXI."

Ora, uma das dúvidas que às vezes me assolavam, nos tempos do ciclo, era quando é que começavam os séculos. Por exemplo se 1900 era século XIX ou XX, mas cedo consegui perceber que 1900 era século XIX e 1901 era século XX. O truque era pegar nos dois primeiros dígitos da data "19" e somar os dois últimos. Se desse "19" era século XIX, se desse mais, era XX. Agora dizerem que 1900 e qualquer coisa é século XXI... E nós, agora? Estamos no século XXII?

É gritante a incompetência de quem devia dar o exemplo. Mais uma vez fica no ar a possibilidade de se lançar a discussão da utilidade da disciplina de Português, tal qual como ela está. As pessoas escrevem "... se eu fize-se", "agradecia que me envia-ssem", "a Madonna teve em Portugal" entre outras bacoradas, mas se for preciso analisar os Lusíadas ou explicar porque é que o Carlos da Maia tinha logo que se envolver amorosamente com a irmã.

A pergunta que se impõe é: Mas qual é o interesse disso?!?


Curta reflexão acerca das mulheres e o consumo

Li há uns tempos a "Sociedade de Consumo" do Baudrillard. Parece que nós, as mulheres, somos de facto o principal público alvo da publicidade e do consumo. Não sendo novidade, uma vez que o livro já foi escrito há uns largos anos (embora, com o conhecido atraso no desenvolvimento do nosso país, ele se torne bastante actual) pelo menos sinto-me um bocadinho melhor por tantas vezes não resistir ao apelo consumista. Parece, afinal de contas, que somos umas vítimas.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Empatas

Outra coisa que me atormenta, desde que me conheço a fazer compras em hipermercados:

O processo de selecção dos produtos e seu acondicionamento no carrinho (que pena que eu tenho de já não caber nas cadeirinhas dos carrinhos...) normalmente corre sem precalços de maior. Só um ou outro conflito entre a voz da gula e a voz da razão, cujo epicentro costumam ser as tartes de nata do Intermarché.

O problema coloca-se quando me dirijo para a caixa. Ao início escolhia com alguma minúcia a caixa que me parecia estar a andar mais depressa. Se todas as outras caixas tinham 10 ou 15 pessoas, tentava escolher uma que tivesse 5 ou 10, ou onde a maior parte das pessoas tivesse cestos em vez de carrinhos.

Sejam quais forem as variáveis é agora que acontece sempre a mesma coisa. Uma das duas pessoas que estão imediatamente à minha frente vai fazer com que a fila pare. Ou é porque têm um produto que não tem código de barras, ou que tem o preço errado, o multibanco "não está a dar", ou porque paga as compras do mês com ticket's refeição de 7,35 € cada um, ou porque insiste em dar a quantia certa para se ver livre de todas as moedas de 1 e 2 cêntimos... Enfim, seja o que fôr, vai acontecer-me. É certinho como o sol.

Hoje em dia, quando vou às compras meto-me numa fila qualquer e tento prever o que é que me vai acontecer quando estiver para chegar a minha vez de ser atendido. Confesso que tenho sido quase sempre surpreendido. Por isso, tiro o meu chapéu aos meus sempre inovadores "empatas".

O tempo é o que se faz com ele...

Se há coisas que me metem impressão, a tocar as raias do nojo, esta é uma das principais.

Pessoas que se queixam das filas, seja nos correios, nas finanças, nos hipermercados, etc., aproveitando qualquer deixa para gritarem o mítico "este país é uma vergonha" ou o "por isso é que isto não anda para a frente". Pessoas essas que depois passam horas e horas, chegando muitas vezes a "meter" dias de férias ou a faltar ao emprego para pernoitar em frente à bilheteira, afim de conseguir um bilhete para a bola ou para um concerto dando o tempo por muito bem empregue. "O meu clube vale mais que isso tudo" ou "A banda já não vem a Portugal há dois anos... vale a pena".

Não sou contra fazerem-se sacrifícios desses para fins que consideramos merecedores, não aguento são as pessoas para quem 10 horas na fila para comprar um bilhete para a final da taça custa menos a passar que 10 minutos na fila para levantar uma encomenda nos correios.

Se nas finanças, na altura da entrega do IRS, dessem um bilhete para um qualquer jogo de futebol, não só reduziriam o número de pessoas que fogem ao fisco, como acabavam com as reclamações.

Lapsos Matemáticos

Estava eu refastelado no sofá, a ver um qualquer jogo de futebol num dos fantásticos canais nacionais quando, a certa altura há um livre junto a uma das balizas. Descrição da situação pelo comentador:
"Jogador X prepara-se para a marcação do livre... Na barreira do Benfica estão 4 homens e Argel"

Já são bastante corriqueiros as gralhas e os erros ortográficos nos irritantes rodapés dos noticiários. O que foi para mim uma novidade (eu não vejo assim tanta televisão quanto isso) foi uma notícia de uma abóbora com 280 quilos que ganhou um concurso qualquer cujo prémio era o peso da abóbora pago a 5 euros o quilo. Até aqui tudo bem. No rodapé passou insistentemente "Abóbora com 280 Kgs. vence concurso e rende mais de 500 contos ao proprietário". Isto começou a fazer-me espécie e confesso que há terceira passagem tive que ir buscar a calculadora para confirmar que a confusão que pairava na minha mente era legítima. Ora 280 x 5 = 1400 que convertido para escudos dá qualquer coisa como 280 contos. Será que ninguém naquela estação de TV deu por isso?


Para quando um rodapé com os destaques "escritos" como se de sms's se tratassem?

"Olhe, desculpe, vai sair?"

Venho por este meio expressar a minha repulsa pelas pessoas que dia a dia me atormentam com esta pergunta, especialmente desde que o túnel do rossio fechou. Quem anda de comboio entre as 7h e as 9h (primeiro
round) e entre as 17h e as 19h (segundo round) na linha de sintra, sabe do que falo.

Mas porquê? Para quê? Num espaço em que as pessoas estão que nem sardinhas em lata, de que é que adianta? Acham que vão abrir até à porta quais moisés dos tempos modernos? Porque é que, em chegando à estação pretendida não dizem simplesmente "com licença", apelo ao qual certamente qualquer pessoa reponderá (o que, de facto, acontece), desviando-se - atenção a isto - na medida do possível?

Na próxima vez que alguém me perguntar se vou sair, faço orelhas moucas. E se insistirem não me desvio. E se me pisarem (como, de resto, já vem sendo costume), ajudo a sair, se é que me entendem...

Deverei falar na situação do metro ou não é preciso?

quinta-feira, novembro 11, 2004

TDI

O primeiro post deste ilustríssimo blog irá versar acerca de um tema que tem tanto de curioso como de intrigante.
Tudo começou com a teoria de Nuno Markl, envolvendo o mítico Orlando Costa (quem não se lembra do Zé Gato) e da cantora Dina. Segundo o autor da rúbrica "Há Vida em Markl", Orlando e Dina são uma e a mesma pessoa. Esta tese será adiante designada por "Teoria de Dupla Identidade (TDI)".
Tal teoria veio espevitar ideias que tinha recalcadas no mais obscuro beco da minha mente.

Certamente que a maioria de nós se lembra do D'Artacão, os desenhos animados que narravam a história de um simpático cachorro que almejava pertencer aos moscãoteiros.

A TDI de hoje defende que o chefe da Guarda do Cardeal Richelião, Vidimer e a Lady Betty Graffstein são, de facto, a mesma pessoa. E há três factos que comprovam tal teoria.
Primeiro, nunca ninguém os viu ao mesmo tempo no mesmo sítio. Segundo, a idade é coerente. Há 12-15 anos Vidimer aparentava ter os seus 30 e poucos, 40 anos. A Lady Betty tem claramente 50, 55 anos de cão, o que corresponde a cerca de 350 anos "humanos". Terceiro, as parecenças físicas são notórias. Olhos esbugalhados, peles faciais flácidas, etc, etc.

Ficamos à espera de factos que possam, porventura, abalar esta sólida TDI.