adj. 2 gén., que cola ou adere sem necessidade de ser humedecido

terça-feira, novembro 16, 2004

E ainda as iluminações...

Foi hoje, finalmente e conforme abundantemente anunciada, a estreia das iluminações natalícias na baixa lisboeta. Se vier a calhar, reparem nas da praça D. Pedro IV (vulgo, rossio), aliás garanto que vai ser impossível não reparar nelas.

Quem for um bocado mais distraído (como eu) vai pensar que entrou numa qualquer inauguração de um qualquer estádio, em que o público, para mais tarde recordar, tira uma fotografia, estupidamente (explico o porquê disto já no parágrafo seguinte), com respectiva flashada. São flashes às dúzias, intercalados, espalhados por toda a bancada do hipotético estádio. Parece bonito, mas dura apenas alguns minutos, quando muito uma hora. Agora imaginem isto todos dias desde o crepúsculo até cerca da meia noite, localizado inteiramente nas fachadas dos prédios que rodeiam a dita praça, tendo em conta que o espaço em questão é um bocado mais pequeno e que as luzes são mais fortes que as de um flash normal. Para um epilético, imagino eu que seja um ataque garantido.

Regressando agora à questão do uso de flash nas fotografias que as pessoas tiram com as suas máquinas fotográficas nesses grandes espaços, tenho apenas uma questão a colocar: para quê? Acho que qualquer pessoa sabe (acho que isto é senso comum) que uma luz não ilumina a grandes distâncias, que nem uma lâmpada de 100 watts iluminaria a 15 metros de distância. O que é que as leva a pensar que uma lâmpada de máquina fotográfica ilumina a mais que 5 metros? Por isso é que depois se vêm aquelas belas fotografias todas pretas, com umas quantas manchas brancas em baixo (as cabeças das pessoas que estão sentadas imediatamente à frente). Fica então a informação de que o flash numa máquina das mais comuns tem um alcance que varia entre os 2 e os 3 ou 4 metros, dependendo do grau de iluminação já existente no espaço em questão.