adj. 2 gén., que cola ou adere sem necessidade de ser humedecido

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Mudanças

Não quero falar de mudanças de governo, ou mesmo daquelas mudanças mais corriqueiras como as da disposição dos móveis lá de casa. Estou a falar de mudanças "interiores", aquelas mudanças pessoais que se fazem cá dentro de nós.

Muitas vezes quando pretendemos mudar alguma coisa na nossa personalidade dizemos que o fazemos pelos outros: "Por ele/a mudei. Ele/a não gostava que eu fizesse isto ou aquilo e, só porque isso lhe agradava, tomei a decisão de mudar". Puro engano. Quando tomamos a decisão de mudar fazemo-lo porque percebemos que isso é o melhor no relacionamento com os outros e, consequentemente, NÓS seremos mais felizes. Claro que seremos mais felizes fazendo alguém feliz, mas isso é só um pormenor.

Mas isto das mudanças não é uma coisa fácil.
Primeiro é preciso perceber e admitir que algo não está bem. Depois há que tomar a decisão de mudar. De seguida há que pôr em prática essa decisão.

Para perceber e admitir é preciso um loooongo caminho. Há quem diga que se se precorrer este caminho todo "já é meio caminho andado". Na minha opinião, tomar a decisão de mudar depois de se admitir, é coisa fácil. Aliás, é a única coisa logica a se fazer. Também acho que isto de mudar é como aquelas dependências de álccol ou drogas, tem que ser o próprio a querer MESMO e a tomar a iniciativa de mudar, senão não dá resultado. De que vale afirmar que se pretende algo quando a intenção não é verdadeira?
Mas, para mim pessoalmente, o mais difícil é a terceira parte: pôr em prática. Primeiro que tudo as mudanças são graduais, ninguém muda de um dia para o outro e, ao tentarmos mudar algo na nossa maneira de ser o melhor que pode acontecer é conseguirmos, só que normalmente não é assim tão fácil. Umas vezes porque se espera que, ao anunciar que se pretende mudar, as coisas simplesmente aconteçam por si mesmas. Acontecce que uma mudança, sempre que sentida e sincera, acarreta sempre esforço pessoal. Outras vezes até nos esforçamos, mas os outros "não acreditam": se até aí agimos de uma certa forma por mais que tentemos agir de forma diferente todos continuam a pensar que continuamos iguais. Ora, contra preconceitos o que é que se pode fazer?