adj. 2 gén., que cola ou adere sem necessidade de ser humedecido

domingo, janeiro 02, 2005

Graçolas de Ano Novo

Esta quadra festiva deveria irradiar em nós sentimentos como alegria, compreensão e essas coisas, mas há sempre um senão. O senão que me corrói internamente nos primeiros dias de cada ano são certos e determinados comentários de uma significativa franja de pessoas que conheço. (Acho piada à utilização da expressão "franja" neste contexto.)

Não me estou a referir àquelas frases feitas que já todos sabemos de cor e salteado, tipo: "Boas saídas, melhores entradas, e que o 2005 seja, se não melhor, igual ao 2004". Isso ainda vá que não vá. Um bom cliché aqui e ali é como um piropo certeiro de um trolha da construção civil a uma loira volumptuosa. Finíssimo.

O que me dá cabo dos nervos é a expressão "Então, Dromedário, que tal vai isso, já não nos vemos há um ano!".

É uma clara tentativa de piadola festiva, mas sem o know-how para fazer alguma coisa de jeito.

Será que, depois de tantos anos a dizer o mesmo, as pessoas ainda não se aperceberam que para se poder dizer que não se vê alguém há um ano, tem realmente que passar um ano desde a última vez?

Ao invés, o "Então, Dromedário, já não te via desde o ano passado!" é uma expressão pejadinha de galhofa e, gramaticalmente correcta. Basta que a última vez que se tenha visto essa pessoa tenha sido em qualquer altura do ano anterior.

Espero que este tenha sido um post de utilidade pública. E aviso já que se isto continuar, para a próxima chamo a Dra. Edite Estrela.