Informação (des)necessária
É notável a evolução da comunicação em geral, e da comunicação telefónica em particular, quer em termos de qualidade, quer em termos de serviços disponíveis.
Mas, como este blog (ainda) não é patrocinado por nenhum operador, não é disso que vou escrever.
Desde pequeno que tenho como que uma fobia de falar ao telefone, sobretudo sem saber quem estava do outro lado da linha. Felizmente que, com as novas tecnologias, vou conseguindo atenuar tal fobia e já consigo, a espaços, falar ao telefone como uma pessoa quase normal.
Se houve coisa que ajudou foi a identificação de chamadas. Mesmo antes de atender o telefone, consigo saber que está a ligar e preparar, em traços gerais, o meu discurso.
Tendo, finalmente, entrado no sofisticado mundo das telecomunicações, apraz-me constatar que há quem se mantenha firmemente fiel ao tempo do telefone preto com o disco de 10 buraquinhos e campaínha estridente.
"Tan nan nan nannan nan nan..." (transcrição da polifonia melódica do tema "Take on Me" dos A-ha) eis que aparece no visor acompanhado de luzes que piscam ao ritmo da música o nome do indivíduo que me liga - a título de exemplo, vamos chamar-lhe Osvaldo Rafael.
Toque de telemóvel e tal, seguido de um leve premir da tecla verde que dá início à conversação.
Dromedário Maravilha - Estou?
Osvaldo Rafael - Estou, Dromedário? Sou eu, o Osvaldo.
Será isto mesmo necessário?
Será que é para evitar situações do género:
DM - Estou?
OR - Estou, Dromedário? Sou eu, o Canivetes, acabei de roubar o telemóvel ao Osvaldo e estava a ligar-te só mesmo para te avisar.
Pior que isto só mesmo quando um indivíduo, filho único liga para falar com a mãe:
Mãe do Indivíduo Filho Único: Está lá?
Indivíduo Filho Único: Estou mãe, estava a ligar par...
MIFU: Quem é quem fala?
IFU: Então mãe, sou eu... o teu único filho!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home